Física On Line


Temperatura:
É a grandeza que mede o nível de agitação das partículas (átomos ,moléculas, íons, etc.) de um corpo. Quanto mais agitadas estiverem as partículas de um corpo, maior será sua temperatura.
Para que seja possível medir a temperatura de um corpo, foi desenvolvido um aparelho chamado termômetro.
O termômetro mais comum é o de mercúrio, que consiste em um vidro graduado com um bulbo de paredes finas que é ligado a um tubo muito fino, chamado tubo capilar.
Quando a temperatura do termômetro aumenta, as moléculas de mercúrio aumentam sua agitação fazendo com que este se dilate, preenchendo o tubo capilar. Para cada altura atingida pelo mercúrio está associada uma temperatura.
A escala de cada termômetro corresponde a este valor de altura atingida.
Existem diversas escalas termométricas, a mais utilizada no Brasil é a Celsius (ºC). Ela considera a temperatura 0ºC (zero graus), o ponto de fusão da água, e a temperatura de 100ºC (cem graus) como o ponto de ebulição da água. Nos EUA e Inglaterra, a escala é a Fahrenheit(ºF), que considera 37º como o ponto de fusão do H2O, e 212º o ponto de ebulição.
Existe uma terceira escala, chamada de Kelvin, que tem como ponto de referência, o zero absoluto. Seria o menor estado de agitação de moléculas. Essa temperatura é o zero kelvin, que, convertido para graus Celsius, equivale a -273ºC.
Convertendo temperaturas
Para fazer a conversão de uma temperatura para outra unidade, devemos utilizar o diagrama abaixo:
escalas termometricas
O esquema acima se baseia no teorema de tales, que é estudado na Matemática. Observe as equações abaixo:
Tc – 0 / 100 – 0 = Tf – 32 / 212 – 32
Ou seja, na escala de celsius, se pegarmos Tc e subtrairmos 0 (temperatura do ponto de fusão) e dividirmos por 100 – 0 (temperatura de ebulição menos temperatura de fusão) será igual a Tf menos 32 (temperatura de fusão em farenheight) e dividirmos por 212-32 (temperatura de ebulição menos temperatura de fusão, ambas em farenheight).
A equação funciona para qualquer temperatura Tc ou Tf que queiramos, mesmo que sejam negativas, abaixo ou acima dos números representados.
A mesma equação, simplificada:
Tc / 100 = Tf-32/180
É muito comum em vestibular fazerem perguntas do tipo “Em uma escala desconhecida, a água entra em fusão quando a altura de mercurio está em 4cm, e evapora quando está a 29cm. Quando o mercurio estiver em 24cm, qual será a temperatura correspondente em celsius?”
Para resolvê-la, basta criar uma nova escala termométrica, onde o zero celsius corresponde à 4cm (ponto de fusão), e 100 ºC corresponde a 29cm (ebulição).
Tc / 100 = Tcm – 4 / 29 – 4
Como já conhecemos a temperatura na nova escala (24cm), basta trocar Tcm por 24:
Tc / 100 = 24 – 4 / 29 – 4
25 Tc = 2000
Assim descobrimos que Tc valerá 80ºC .
Equação de conversão:
Às vezes é necessário transformar uma indicação na escala Fahrenheit para escala Celsius e vice-cersa. Abaixo mostraremos a relação que existe entre as escalas Celsius, Fahrenheit e kelvin.
Conversão entre Variações
Equilíbrio Térmico :
Quando dois ou mais corpos que possuem temperaturas diferentes estão num recinto isolado termicamente, após certo intervalo de tempo eles atingem o equilíbrio térmico (mesma temperatura). Ex: Um feijão retirado do fogo e um copo com água da geladeira são colocados sobre a mesa. Após alguns minutos, observamos que ambos atingiram a temperatura ambiente (o feijão “esfriou” e a água “esquentou”).
Zero absoluto:
Corresponde à temperatura em que as partículas de um sistema cessariam seu movimento vibratório, isto é, estado de agitação nulo. Essa temperatura é na realidade apenas teórica, pois nunca se conseguiu tal valor. A temperatura mais baixa até hoje conseguida foi de 2,8.10¯10 K e está no Guinness, o livro dos recordes ( feito anunciado em 1993, realizado no Laboratório de baixas Temperaturas da Universidade de Tecnologia de Helsinque, na Finlândia).
0K = - 273º C = - 459º F

COMO ESTUDAR FÍSICA?
Quando você estuda Português ou História, uma lição passada pelo professor abrange, na maioria das vezes, um grande número de páginas de texto. A Física, tal como a Matemática, é mais condensada. Uma lição de Física pode reduzir-se apenas a uma ou duas páginas. Você poderia decorar a lição, mas isto não lhe adiantaria nada. Algumas vezes, o seu trabalho é compreender urna lei. Depois de compreender essa lei - e a lei é muitas vezes expressa por uma equação - e a puder explicar e aplicar na resolução de problemas, você terá aprendido a lição.
Sugestões para o estudo:
1. Leia toda a lição, a fim de saber do que se trata.
2. Leia novamente a lição, porém, mais devagar, e escreva no seu caderno a lei (se houver alguma) e outros pontos importantes da lição. Verifique se você compreende cada parágrafo. Certifique-se também se compreende o verdadeiro significado de cada palavra nova. Estude com cuidado as definições de termos como "trabalho" e "potência" até ficar completamente seguro do seu verdadeiro sentido em Física.
3. Se a lei for expressa por uma equação matemática, pergunte a si mesmo de que maneira cada símbolo da equação está relacionado com a lei. Por exemplo, (trabalho = força . deslocamento) nos diz que, duplicando-se o deslocamento, se duplica o trabalho realizado e, do mesmo modo, fazendo duplicar a força, duplica-se o trabalho produzido.
4. Resolva os problemas incluídos no texto do seu livro.
5. Discuta a lição com os seus colegas.
Durante a aula e o trabalho de laboratório
1. Faça, sem hesitação, perguntas a respeito do que você não compreende.
2. Esteja alerta e pronto a explicar o que você compreende.
3. Pense por você mesmo; faça o seu trabalho. Você não pode aprender Física olhando para o seu companheiro.
Revisão para as provas:
1. Estude todos os dias, conscienciosamente, as suas lições. Reveja as notas que tomou na última aula. Nunca deixe as suas notas se acumularem, sem estudá-las metodicamente.
2. Antes da prova, escreva todos os pontos difíceis da parte que está revendo; faça perguntas sobre os mesmos, na aula.
3. Pense nas perguntas que faria se você fosse o professor. Tente responder, você mesmo, a essas perguntas.
4. Faça uma “cola” com as fórmulas ou conceitos mais importantes. Não exagere. Coloque apenas pontos importantes da matéria.
Durante as provas:
1. Antes do professor distribuir a prova, dê uma última “olhadinha” na cola que você fez.
2. Guarde a cola dentro da sua pasta. Você não a usará, já que já memorizou tudo que tinha nela.
3. Ao receber a prova escreva, em algum lugar dela, tudo que puder de fórmulas, conceitos e exemplos. Essas anotações serão muito úteis quando você estiver cansado e surgirem os famosos “brancos” de memória.
4. Faça as questões da prova como se estivesse resolvendo os testes em casa, com calma e muita atenção. Lembre-se que sempre existirão mais questões “fáceis” do que “difíceis” .
5. Lembre-se que quando um aluno diz que foi mal numa prova, é devido aos erros nas questões “fáceis”. Todo aluno que vai mal usa como desculpa as tais questões “difíceis” como argumento para mascarar sua falta de estudos.
6. Sucesso !
Texto adaptado e ampliado de:
“Física Na Escola Secundária”
De Oswald H. Blackwood, Wilmer B. Herron & William C. Kelly
Tradução de José Leite Lopes e Jayme Tiomno
Editora Fundo de Cultura
Carlos Alberto Prass
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